Estivemos na Bienal do Livro 2023 e preparamos essa edição super especial para comemorar os 40 anos do evento.
Esperamos que curtam tanto quanto nós curtimos.
Tudo começou em 1983, no hotel Copacabana Palace, como uma feira de livros organizada pelo SNEL, Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Desde então, muita coisa aconteceu no Brasil e no Mundo que foram refletidas em 20 edições com muitos encontros entre leitores e autores, livros e histórias sobre livros.
A autora que vos escreve, sustenta orgulhosamente a participação em 15 dessas edições ❤
Nesta edição histórica, o maior evento do mercado literário brasileiro reuniu cerca de 380 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação, 300 expositores e espera receber 600 mil pessoas ao longo dos 10 dias de festival, além de contar com a presença de, praticamente, todas as editoras de peso que publicam grandes autores e temáticas variadas, como Sextante, Companhia das Letras, Ediouro, Record, Rocco, Intrínseca, Malê, Globo Livros, HarperCollins Brasil, Planeta e Leya.
Em comemoração à data, durante a cerimônia de abertura no dia 01/09, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, assinou um decreto que promove a Bienal como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial pela Prefeitura, além do aumento do incentivo a participação dos alunos da rede publica de ensino. Com isso, espera-se receber mais de 100 mil alunos. Este número é recorde, assim como o investimento de R$ 13,5 milhões feito por secretarias municipais e estadual de Educação para a aquisição de livros para os estudantes e profissionais da rede municipal de ensino do Rio. Isso significa que nenhum aluno da rede pública de ensino participante do programa sairá da Bienal sem livro. Cada criança da rede municipal ganhará um vale livro com crédito de R$ 50 para que escolha os títulos que levará para casa. E o voucher oferecido aos jovens da rede estadual será de R$ 100 (Bienal, 2023).
A realização do festival é da GL Events Exhibitions e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Estandes enormes
As maiores editoras do país se prepararam para quebrar seus próprios recordes de tamanho na Bienal do Livro deste ano. O Grupo Companhia das Letras, por exemplo, chegou com o maior estande do evento, em 600 metros quadrados – quase que o dobro dos estandes das concorrentes, Record e Globo Livros (350m²), Sextante, Intrínseca e Panini (300m²).
Alguns estandes se destacaram pela beleza e criatividade, como o da Editora Rocco (acima) e o da Editora Vida (abaixo)
Recorde de público e vendas
Diversas editoras comemoraram recordes de vendas, já no primeiro final de semana do evento, como a Rocco, Globo Livros, Intrínseca, Sextante e HarperCollins Brasil, com expectativas que prometem aquecer ainda mais o mercado literário ao longo dos próximos dias.
A Rocco, por exemplo, teve o maior faturamento em um único dia de Bienal no último sábado dia 03/09. A editora, que não esteve na Bienal Rio em 2021, já bateu a edição de 2019 com 85% de vendas a mais, em comparação aos mesmos três primeiros dias. A Rocco também comparou seus resultados com a Bienal do Livro de São Paulo 2022 e a edição carioca representou 70% a mais nas vendas, considerando o primeiro sábado do evento.
Em relação à Bienal do Livro Rio 2021, a Intrínseca e a Sextante conquistaram aumento de 100% nas vendas, e a Record registrou 120% a mais. Já as editoras Globo Livros e a HarperCollins Brasil divulgaram crescimento de 50% em relação aos seus resultados da última Bienal Rio em 2021 e também sobre a edição da Bienal São Paulo em 2022.
A Bienal acaba amanhã, dia 10/09, às 22h00, mas já está deixando saudades. Se você pôde comparecer, conte-nos suas impressões nos comentários.
Obs.: Falaremos dos números finais da Bienal na próxima edição.
Red Umbrella na Bienal
Você pode conferir nossas postagens e reels nos perfis do Red Umbrella no Instagram (@redumbrella_books e @redumbrella_art) e Facebook (Red Umbrella e Red Umbrella Art).
Um dos destaques foi o lançamento do livro Três Anjos, da nossa co-autora e escritora Edelweis Ritt (@livroseritt) no estande da Editora Coerência (@grupoeditorialcoerencia). E por falar nisso, estamos sorteando um exemplar do livro no nosso Instagram. As inscrições vão até amanhã, 10/09, às 18:00h. Clique aqui e participe!
Impressões
Os números e o gigantismo do evento desse ano impressionaram, mas isso significa um aumento per capita do interesse em leitura do brasileiro médio? Só o tempo dirá, mas cabe salientar que quantidade não significa qualidade e, como qualquer mídia, o livro também é capturado por tendências e modismos que não necessariamente significam um aperfeiçoamento da literatura como um todo. Obras clássicas e boas obras contemporâneas, assim como bons escritores, precisam ganhar destaque por quem lê e publica.
Como escreveu Northrop Frye, um dos mais notáveis, aclamados e influentes teóricos da literatura do século XX, cultivar a imaginação através do uso da linguagem é mais do que um exercício de auto expressão, é o desenvolvimento da nossa capacidade de produzir uma visão da sociedade que queremos viver em detrimento daquela que temos que viver. Ninguém é capaz de manifestar liberdade de expressão a menos que saiba usar a linguagem, e este conhecimento não é uma dádiva: precisa ser aprendido e trabalhado.
"Contos de fada não dizem às crianças que dragões existem. Crianças já sabem que dragões existem. Contos de fada dizem às crianças que dragões podem ser mortos."
G.K. Chesterton
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