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"Pedra que muito rola não cria limo"



Essa é a tradução literal do provérbio inglês "a rolling stone gather no moss". A autoria é atribuída a Públio Siro (85 a.c - 43 a.c.), mas aparece como provérbio em inglês no ano de 1546, creditado a Erasmo de Roterdã (1446-1536).


Parece que a intenção original do provérbio era tomar o crescimento do limo como algo desejável e o nomadismo e a mobilidade como indesejáveis, porém a interpretação contemporânea o emprega para condenar a estagnação e enaltecer a mobilidade.


Chesterton retoma o sentido originário da expressão em seu livro Hereges ao afirmar que as pedras rolam, fazendo barulho de pedra em pedra, mas a pedra que rola está morta. O limo é silencioso porque está vivo.


O que Chesterton queria defender ao retomar o sentido original do provérbio não era a imobilidade, mas a valorização da localidade, da tradição passada de pai pra filho, do conhecimento e do amor sobre a terra em que nascemos e vivemos.


Numa sociedade globalizada como a nossa, em que somos instados a perder nossas características locais para comportamentos ditos universais, a verdadeira sabedoria está em respeitar nossas origens.


E pra você, qual é o sentido do provérbio que mais se alinha com o que você acredita? O original ou o moderno?



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