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Os 5 mosteiros mais belos do mundo

Os mosteiros, ao longo da história, foram muito além de uma mera função religiosa; eles são marcos de espiritualidade, guardiões da cultura e testemunhos da engenhosidade humana. Erguidos em locais remotos ou em meio a cidades, essas estruturas majestosas nos convidam a uma jornada através do tempo, revelando a profunda influência do monasticismo na formação do nosso mundo.


A palavra "mosteiro" deriva do grego monastērion, que, por sua vez, vem de monos, significando "sozinho". Inicialmente, o termo referia-se ao local onde vivia um monge solitário, refletindo as práticas do monaquismo primitivo, que valorizava o isolamento e a vida eremítica.


Desde suas origens mais humildes até os complexos cenários arquitetônicos de hoje, os mosteiros narram uma história de busca incessante pela transcendência, pelo conhecimento e pelo serviço.


Origens e evolução

O monasticismo cristão floresceu no século III, quando eremitas pioneiros buscaram refúgio no deserto, dedicando suas vidas à oração e ao ascetismo. Esses indivíduos, movidos por um desejo de distanciamento do mundo material, lançaram as sementes para o que se tornaria uma das instituições mais duradouras da história. No século IV, figuras como São Basílio Magno foram cruciais para a organização dessas comunidades, estabelecendo regras que enfatizavam a vida comunitária, a oração fervorosa e o trabalho manual. Essas diretrizes moldaram profundamente o desenvolvimento dos mosteiros, tanto no Oriente quanto no Ocidente, garantindo a sua sustentabilidade e influência.


Funções principais

Longe de serem apenas centros de oração e contemplação, os mosteiros desempenharam múltiplos papéis vitais. Eles eram verdadeiros centros de estudo, onde monges dedicados copiavam e preservavam manuscritos, garantindo a sobrevivência de textos antigos em uma era anterior à prensa. Além disso, atuavam como importantes polos sociais, oferecendo hospitalidade calorosa a viajantes exaustos e assistência vital aos necessitados, demonstrando um profundo senso de caridade e comunidade. O trabalho manual, seja na agricultura ou em outras artes e ofícios, não era apenas uma forma de subsistência, mas uma parte integrante da disciplina monástica, promovendo a autossuficiência e a valorização da atividade laboral.


Influência na Preservação e Disseminação do Conhecimento, Arte e Cultura

A Idade Média, muitas vezes referida como "Idade das Trevas", foi paradoxalmente um período de intensa preservação cultural, em grande parte graças aos mosteiros. Monges copistas, com paciência e dedicação inabaláveis, transcreveram obras literárias, filosóficas e científicas da Antiguidade Clássica, impedindo que o saber ancestral se perdesse no tempo. Muitos mosteiros se transformaram em centros de ensino e erudição, irradiando cultura e educação para as regiões ao seu redor e, assim, garantindo a transmissão do conhecimento às gerações futuras. Eles foram faróis de aprendizado em um mundo em constante mudança.


Características Arquitetônicas

A arquitetura monástica é um espelho da espiritualidade e dos estilos de suas respectivas épocas. Embora a simplicidade e a funcionalidade sejam marcas registradas, elementos comuns como claustros serenos, igrejas majestosas, refeitórios comunitários e dormitórios humildes são encontrados em diversas culturas. Muitos mosteiros eram construídos em locais isolados, reforçando a busca por contemplação e um afastamento do burburinho do mundo secular. Essas construções não eram apenas abrigo, mas espaços projetados para inspirar a introspecção e a conexão com o divino, muitas vezes com decorações elaboradas que simbolizavam a glória divina e a beleza da criação.


Nesta Redlist preparamos uma seleção dos cinco mosteiros mais belos do mundo, que não apenas encantam pela sua estética, mas também carregam séculos de história, espiritualidade e significado cultural.



Mosteiro de Santa Maria, Croácia


O Mosteiro de Santa Maria de Visovac é um verdadeiro tesouro franciscano aninhado na ilha de Visovac, no coração pulsante do Parque Nacional de Krka, na Croácia. Este santuário insular, acessível apenas por barco, oferece aos seus visitantes uma experiência de serenidade e uma beleza natural incomparáveis.


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A ilha, que no século XIV era pouco mais que uma rocha, viu sua história monástica iniciar com a chegada de monges da Ordem de Santo Agostinho. Contudo, em 1445, a gestão do local foi assumida por monges franciscanos vindos da Bósnia. Foram eles os responsáveis por expandir a ilha e edificar o complexo monástico que conhecemos hoje.


O complexo monástico de Visovac é composto pela Igreja de Nossa Senhora de Visovac, uma imponente torre sineira e diversas dependências conventuais. Sua arquitetura reflete a simplicidade e a funcionalidade que são marcas registradas das construções franciscanas, integrando-se de forma harmoniosa com a deslumbrante paisagem natural que o cerca.


Diferente de outros estilos que priorizam o ornamento excessivo, a arquitetura franciscana tende a ser mais modesta e prática, focada na vida monástica e na oração. Os edifícios são sólidos, construídos para durar e servir aos propósitos da comunidade religiosa.


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O aspecto mais distintivo da arquitetura de Visovac é sua localização. O complexo foi projetado para se harmonizar com a pequena ilha no lago, criando uma silhueta que se eleva suavemente da água. A pedra local é o material predominante, o que ajuda a integrar as construções ao ambiente natural.


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Desde o século XV, o Mosteiro de Visovac tem sido um farol espiritual e cultural de grande relevância na Croácia. Para além de ser um local de culto e retiro, o mosteiro desempenhou um papel vital na preservação da identidade nacional croata, especialmente em épocas de grandes turbulências históricas. Sua vasta biblioteca e seu museu abrigam artefatos que contam a rica história cultural e religiosa do país.


Entre os tesouros do mosteiro, destaca-se uma cópia ilustrada das "Fábulas de Esopo", impressa em 1487, sendo uma das apenas três existentes no mundo. Outro artefato notável é uma espada do século XVII que pertenceu a um líder militar croata, simbolizando a resistência e a identidade nacional. A coleção de arte religiosa inclui ícones, pinturas e vestimentas litúrgicas que cobrem diversos períodos históricos, oferecendo um panorama completo da evolução artística e espiritual da região.


Atualmente, o Mosteiro de Visovac está aberto para visitação, permitindo que o público explore suas instalações, incluindo a igreja, o museu, a torre sineira e a biblioteca. O acesso é feito por meio de barcos que partem de vários pontos do Parque Nacional de Krka, sendo a melhor época para a visita entre abril e outubro. Além de ser um destino turístico procurado, o mosteiro permanece um local de culto ativo, com monges franciscanos residindo e realizando serviços religiosos regularmente.




Mosteiro dos Jerônimos, Portugal


O Mosteiro dos Jerônimos, localizado em Belém, Lisboa, é uma das mais impressionantes obras arquitetónicas de Portugal e um testemunho grandioso da Era dos Descobrimentos. A sua construção foi iniciada em 1501, por ordem do Rei D. Manuel I, como forma de agradecer à Virgem Maria pelo sucesso da viagem de Vasco da Gama à Índia e para comemorar a grandiosidade dos feitos portugueses.


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O local escolhido para a sua edificação foi a antiga ermida de Santa Maria de Belém, onde os marinheiros, incluindo Vasco da Gama, rezavam antes de partir para as suas longas viagens. A obra foi financiada em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias do Oriente, daí ser também conhecida como "Mosteiro de Santa Maria de Belém".


Ao longo dos séculos, o mosteiro serviu de panteão real, albergando os túmulos de reis e figuras importantes da história portuguesa. Foi habitado pelos monges da Ordem de São Jerónimo (daí o nome "Jerónimos") que tinham como missão principal a oração e o apoio espiritual aos navegadores.


Em 1755, o grande terremoto de Lisboa causou danos significativos em muitas partes da cidade, mas o Mosteiro dos Jerónimos resistiu notavelmente bem, o que solidificou ainda mais a sua aura de grandiosidade e resiliência. Em 1833, com a extinção das ordens religiosas em Portugal, os monges jerónimos abandonaram o mosteiro.


O Mosteiro dos Jerônimos é o expoente máximo do Estilo Manuelino, uma vertente tardo-gótica portuguesa com fortes influências renascentistas, mas que incorpora elementos originais como a simbologia marítima (cordas, nós, conchas, esferas armilares) e elementos naturalistas.


As principais características arquitetônicas incluem:


  • Igreja de Santa Maria:

    • Planta Salão: A igreja apresenta uma nave única e ampla, com abóbadas nervuradas suportadas por elegantes pilares octogonais. A altura das naves lateral e central é a mesma, criando um espaço interior grandioso e luminoso.

    • Transepto: O transepto destaca-se pela sua grandiosidade e pela riqueza decorativa.

    • Portal Sul: É a entrada mais imponente e ricamente decorada, embora não seja a principal. Apresenta uma profusão de estatuária, incluindo figuras dos Apóstolos, profetas e santos, bem como os fundadores D. Manuel I e D. Maria de Aragão.

    • Capela-mor: Construída posteriormente em estilo maneirista, contrasta ligeiramente com o estilo manuelino predominante, mas alberga os túmulos de D. Manuel I e de outros membros da realeza.


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  • Claustro: É considerado um dos mais belos claustros manuelinos do mundo.

    • Dois Andares: Composto por dois pisos ricamente esculpidos.

    • Decoração Manuelina: As arcadas e pilares são profusamente decorados com motivos marinhos, vegetais, animais e heráldicos, além das esferas armilares (símbolo de D. Manuel I) e da Cruz de Cristo. A luz que atravessa as rendilhadas aberturas cria um jogo de sombras espetacular.

    • Simetria e Detalhe: Cada detalhe é trabalhado com mestria, revelando a riqueza e a capacidade artística da época.


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  • Refeitório: Apresenta uma bela abóbada manuelina e painéis de azulejos que narram a história de José do Egito.


  • Sala do Capítulo: Onde os monges se reuniam, com uma impressionante abóbada e o túmulo de Alexandre Herculano.


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O Mosteiro dos Jerónimos não é apenas um monumento, mas uma cápsula do tempo que nos transporta para a idade de ouro de Portugal, uma época de ousadia, fé e uma extraordinária expressão artística.




Abadia de São Miguel, Itália


A Abadia de São Miguel da Chiusa (Sacra di San Michele) é um impressionante monumento arquitetónico e histórico localizado no topo do Monte Pirchiriano, no Vale de Susa, na região do Piemonte, perto de Turim, Itália. É um dos símbolos mais importantes do Piemonte e uma inspiração para o famoso romance "O Nome da Rosa" de Umberto Eco.


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Fundada entre 983 e 987 por São João Vicente, um eremita que, segundo a lenda, foi instruído pelo Arcanjo Miguel a construir um santuário naquele local, a Abadia era, inicialmente, um pequeno oratório, mas rapidamente se expandiu.


No século XI ela foi entregue à Ordem Beneditina, que a transformou num dos mais importantes centros monásticos da Europa. Graças à sua localização estratégica na Via Francigena (uma rota de peregrinação que ligava a França a Roma), a Abadia tornou-se um ponto de paragem crucial para peregrinos e um centro de poder espiritual e econômico. Os monges beneditinos expandiram a estrutura, construindo a igreja principal e as dependências monásticas que vemos hoje. O seu período de maior esplendor foi entre os séculos XI e XIII.


A partir do século XIV, a abadia começou a perder influência. Em 1622, foi oficialmente suprimida e abandonada. Durante séculos, o complexo sofreu com o abandono e a degradação, com partes da estrutura a ruírem. Em 1836, o Rei Carlos Alberto da Sardenha iniciou a restauração da Abadia, confiando-a à Ordem dos Padres Rosminianos, que ainda a gerem hoje. Desde então, a Sacra di San Michele tem sido objeto de contínuos trabalhos de conservação e restauro, tornando-se um local de grande interesse turístico e espiritual.


A arquitetura da Sacra di San Michele é uma mistura fascinante de estilos românico e gótico, adaptada à topografia íngreme do Monte Pirchiriano. A construção desafia as leis da gravidade e integra-se harmoniosamente com a montanha.


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O acesso principal à igreja é chamado de "Scalone dei Morti" (Escadaria dos Mortos), uma escadaria íngreme e impressionante, construída sobre uma base rochosa. O seu nome provém do fato de que, no passado, os corpos dos monges e benfeitores eram expostos nas paredes laterais antes de serem sepultados. No topo desta escadaria, encontra-se o Portão do Zodíaco, uma obra-prima da escultura românica, com doze baixos-relevos representando os signos do zodíaco.


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A igreja principal é uma estrutura imponente que combina elementos românicos no seu corpo e adições góticas. O coro e a abside, com as suas janelas geminadas, são exemplos notáveis da arquitetura românica. A nave central foi construída de forma engenhosa, erguendo-se sobre as rochas e as fundações pré-existentes, criando a ilusão de que a igreja emerge da própria montanha. Uma robusta torre sineira eleva-se majestosamente sobre todo o complexo.


Grande parte do antigo monastério beneditino, conhecido como "Monastério Novo", encontra-se em ruínas, mas as suas paredes maciças e arcos remanescentes ainda proporcionam uma clara perceção da sua escala original. Há também a Torre della Bell'Alda, uma torre isolada que é protagonista de uma lenda local, onde uma jovem teria saltado dela e sobrevivido milagrosamente.


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Um dos aspetos mais distintivos e fascinantes da arquitetura é a profunda integração com a rocha. A abadia está literalmente "ancorada" à montanha, com partes da rocha natural visíveis no interior da igreja e nas suas fundações. Esta fusão de construção humana e elementos naturais é um testemunho da extraordinária engenhosidade dos construtores medievais.


A Sacra di San Michele não é apenas um monumento de fé, mas também uma maravilha da engenharia medieval e um símbolo da íntima ligação entre a espiritualidade e a dramática paisagem alpina. É um lugar que cativa pela sua beleza, história e localização espetacular.




Mosteiro Manasija, Sérvia


O Mosteiro de Manasija, também reverenciado como Resava, destaca-se como uma das mais preciosas jóias da arquitetura medieval sérvia, um eloquente testemunho da rica tapeçaria cultural e espiritual que floresceu na Sérvia durante o período do Despotado.


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Sua história remonta à sua fundação pelo déspota Stefan Lazarević, filho do Príncipe Lazar, entre os anos de 1406 e 1418. Stefan, um governante notavelmente esclarecido, um guerreiro destemido e um generoso patrono das artes e ciências, concebeu Manasija não apenas como seu local de descanso final, mas como um vibrante centro cultural e espiritual, essencial para a defesa do Despotado Sérvio contra o avanço otomano. O mosteiro foi estrategicamente erguido como uma poderosa fortificação, visando proteger o notável centro de erudição que Stefan Lazarević aspirava a estabelecer.


A célebre Escola de Resava (Resavska škola), abrigada dentro de suas robustas muralhas, emergiu como um dos mais importantes núcleos de cópia e tradução de manuscritos da Europa medieval, atraindo eruditos de todas as partes da região. Contudo, após a morte de Stefan Lazarević em 1427, e mais dramaticamente com a queda final do Despotado Sérvio sob o domínio otomano em 1459, o mosteiro sofreu danos consideráveis. Foi sucessivamente abandonado, saqueado e, em diversas ocasiões, destruído e posteriormente reconstruído. Apesar das adversidades históricas, as relíquias de Stefan Lazarević foram trasladadas para Manasija, garantindo que o mosteiro mantivesse sua profunda importância simbólica e religiosa ao longo dos séculos.


Arquitetonicamente, Manasija é um esplêndido expoente da Escola de Morava, um estilo que floresceu na Sérvia entre o final do século XIV e o início do século XV. Este estilo é marcado pela harmoniosa fusão de elementos bizantinos com nuances locais e uma notável ênfase na fortificação. O mosteiro é cercado por imponentes muralhas defensivas, adornadas com 11 torres maciças, entre as quais se destaca a grandiosa Torre de Donjon (Torre do Déspota), que não apenas servia como a última linha de defesa, mas também como a residência do déspota, sublinhando a dupla função militar e espiritual do complexo.


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No coração deste complexo reside a Igreja da Santíssima Trindade (Crkva Svete Trojice), que exibe um plano em forma de trevo, com três absides semicirculares e uma cúpula central que se eleva graciosamente sobre quatro pilares. Um detalhe característico da Escola de Morava são as duas cúpulas menores situadas sobre o nártex. A igreja foi construída utilizando blocos de pedra e tijolo dispostos em camadas alternadas, criando um efeito visual e decorativo distinto. Sua fachada exterior é ricamente ornamentada com detalhes em mármore esculpido e relevos que apresentam motivos geométricos e florais, complementados por arcos cegos e rosetas que embelezam as paredes com sofisticação.


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Embora muitos dos frescos originais tenham sido danificados ou perdidos ao longo do tempo, os remanescentes são reconhecidos como verdadeiras obras-primas da pintura mural bizantina tardia e sérvia medieval, notáveis por sua vibrante coloração, dinamismo e expressividade. Dentre eles, o "Cavaleiro Branco" (que representa Cristo guerreiro) e o retrato do fundador, Despot Stefan Lazarević, são particularmente célebres. Além da igreja, as muralhas do mosteiro abrigavam um refeitório, celas para os monges, bibliotecas e outras estruturas auxiliares que eram essenciais para a vida monástica e para o funcionamento da Escola de Resava.


Hoje, o Mosteiro de Manasija é um orgulhoso Patrimônio Mundial da UNESCO, permanecendo como um símbolo duradouro da rica herança cultural e espiritual sérvia. Atrai visitantes de todo o mundo que buscam apreciar sua profunda história, sua arquitetura magnífica e os vestígios de sua impressionante arte, convidando todos a uma reflexão sobre a resiliência da cultura e da fé através dos séculos.





Mosteiro da Santíssima Trindade, Grécia


O Mosteiro da Santíssima Trindade (Μονή Αγίας Τριάδος) é um dos mais impressionantes e antigos mosteiros de Meteora, na Tessália, Grécia. Meteora é um Patrimônio Mundial da UNESCO, conhecido por seus mosteiros construídos no topo de pilares rochosos de arenito.


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A sua história remonta ao século XIV. Acredita-se que tenha sido fundado por volta de 1350 pelo monge Dometius. A construção foi desafiadora, com materiais e suprimentos sendo transportados para o topo do pilar rochoso através de cestos e redes puxados por um complexo sistema de roldanas e escadas de corda. Foi concluído e consagrado em 1475. Durante séculos, o acesso ao mosteiro era extremamente difícil, o que oferecia uma proteção natural contra invasores e perseguições. Os monges viviam em reclusão, dedicando-se à oração, ao estudo e à cópia de manuscritos.


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O mosteiro sofreu danos e saques ao longo de sua história, especialmente durante a ocupação otomana e, mais recentemente, durante a Segunda Guerra Mundial, quando artefatos valiosos e manuscritos foram roubados ou destruídos. No entanto, ele foi restaurado e continua sendo um local de culto e um importante destino turístico.


Ele ganhou fama internacional por aparecer no filme de James Bond de 1981, "For Your Eyes Only" (Somente para Seus Olhos), o que atraiu ainda mais visitantes para a região.


A arquitetura do Mosteiro da Santíssima Trindade é notável pela sua integração com a paisagem natural e pelas soluções engenhosas para a sua construção em um local tão inacessível.

  1. Localização e Acesso: O mosteiro está empoleirado no topo de um impressionante pilar de rocha, a aproximadamente 400 metros acima do vale. Originalmente, o acesso era feito por uma série de redes de escalada, cestos de carga e escadas removíveis. Hoje, o acesso é muito mais fácil, com uma longa escadaria de cerca de 140 degraus esculpida na rocha, que foi adicionada em 1925, precedida por um túnel.

  2. Igreja Principal (Katholikon): A igreja principal, dedicada à Santíssima Trindade, é uma basílica em forma de cruz grega com uma cúpula. Foi construída entre 1458 e 1476. As suas paredes internas são ricamente decoradas com afrescos datados de 1741, pintados pelos irmãos Antonios e Nikolaos, originários de Kastritsio, e retratam cenas bíblicas e vidas de santos.

  3. Capela de São João Batista: Anexada à igreja principal, há uma pequena capela escavada na rocha, dedicada a São João Batista, com afrescos de 1682.

  4. Materiais: A construção utilizou principalmente pedra local, extraída das próprias formações rochosas, e madeira. A cor da pedra se mistura harmoniosamente com o ambiente natural.

  5. Outras Estruturas: O complexo inclui também celas monásticas, refeitório, cozinhas, um pequeno museu que abriga alguns ícones e manuscritos restantes, e cisternas para armazenamento de água.


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Os afrescos do século XVI do edifício são relatados como pinturas pós-bizantinas.


A arquitetura do mosteiro é um testemunho da fé e da engenhosidade dos monges que o construíram, criando um santuário que desafia a gravidade e a passagem do tempo. A vista de 360 graus do topo é espetacular, oferecendo panoramas deslumbrantes da paisagem de Meteora.




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