Seguindo a série de caminhos tortuosos e carreiras não lineares trago a história de vida de Mendel. Mendel é aquele das ervilhas vistas na escola na aula de genética.
Além de ter uma paciência infinita, pois ele passou anos cruzando espécies de ervilhas para identificar a hereditariedade de algumas características como a cor, rugosidade dos grãos e altura da planta, Mendel fez várias excursões por caminhos diversos.
Ele nasceu na republica checa, em uma cidade que nesta época pertencia ao império austríaco, assim ele falava alemão. Trabalhou com jardinagem na adolescência e como apicultor. Sua saúde era bem frágil e ele passou por diversos períodos adoecido.
Em 1840 ele iniciou o estudo de filosofia e física na Morávia. Especula-se que ele tenha virado monge como forma a continuar estudando por toda a vida, porque em outro caso não teria condições financeiras. Não gosto de interpretar fatos históricos, assim simplesmente vamos aceitar que ele entrou para a ordem de Santo Agostinho em Brno, o que é fato. Lá ele começou a trabalhar como professor substituto, mas não conseguiu passar na fase três dos exames orais para virar professor definitivo. Assim a ordem o enviou para Viena para mais uma rodada de estudos, desta vez com foco na física.
De volta a Brno ele falhou novamente a parte oral, e assim desistiu de ser professor e seguiu a carreira do mosteiro virando o abade principal em 1867.
Entre 1856 e 1863 Mendel cultivou 28 mil plantas para elaborar a sua teoria de hibridação de plantas, o que provavelmente não teria sido o caso se ele tivesse se tornado professor e tivesse que dar aulas e prepara-las (agora sou eu que estou especulando).
Talvez o fato de ter falhado lhe deu tempo para mudar o rumo da ciência, sendo considerado o pai da genética e o estudamos hoje em todas as escolas do mundo. Mas sem especular, podemos afirmar que, apesar dos vários fracassos, ele entrou para a história.
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