A Grande Feminização
Este artigo da comentarista política e escritora norte-americana Helen Andrews discute uma tese chamada “Grande Feminização”, segundo a qual o fenômeno da “cultura woke” não seria uma ideologia nova, mas sim consequência do aumento da presença feminina nas instituições de poder — como universidades, imprensa, medicina, leis e corporações.
O ponto de partida é o caso de Larry Summers, ex-presidente de Harvard, que renunciou após críticas (lideradas por mulheres) por declarar que diferenças biológicas podiam explicar a menor presença feminina em ciências exatas. O autor argumenta que esse episódio marcou o início de uma mudança cultural: o modo “feminino” de lidar com conflitos — emocional, baseado em empatia, consenso e ostracismo — teria substituído o modo “masculino” — lógico, direto, competitivo.
Segundo essa tese:
A “wokeness” seria resultado da entrada massiva de mulheres em profissões de prestígio (direito, medicina, jornalismo, academia), especialmente a partir dos anos 2010.
Mulheres, em grupo, tenderiam a valorizar harmonia, segurança, empatia e evitar confronto direto, o que levaria a ambientes mais sensíveis a ofensas e cancelamentos.
A cultura da denúncia, do cancelamento e do conformismo ideológico seria, portanto, um efeito da feminização institucional.
A autora teme que isso comprometa áreas como o direito, onde o “Estado de Direito” exige regras frias e imparciais, não decisões guiadas por empatia ou emoções.
Ela critica leis e políticas de ação afirmativa e antidiscriminação, por acreditarem que favorecem artificialmente mulheres, afastando homens e consolidando uma cultura “feminina”.
No fim, a própria autora (que se diz mulher e mãe de meninos) defende que não é preciso excluir mulheres, mas sim restaurar regras verdadeiramente meritocráticas e permitir o retorno de uma cultura mais “masculina” nas instituições.
E você, o que achou deste artigo? Concorda com essa tese?


