Segundo a Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL-RJ), em 2017 a cidade contava com 204 livrarias e hoje tem 144. Fechamento de redes como a Saraiva e pandemia fizeram os livreiros pensarem em alternativas.
Em seis anos, o saldo no Rio foi negativo, com 60 livrarias a menos e uma redução de 30% no mercado de lojas físicas. Atualmente, a cidade conta com 144 estabelecimentos funcionando e uma média de 10 livrarias fechadas por ano, desde 2017. Em todo o estado, são 252 lojas de livros.
O número alto de livrarias fechadas na cidade foi puxado pela crise das grandes redes, como a Saraiva, por exemplo.
A empresa estava em recuperação judicial desde 2018, depois de não conseguir renegociar dívidas com fornecedores. Na ocasião, a companhia informou que tinha dívidas no valor de R$ 675 milhões.
Só no Rio, dez lojas da Saraiva fecharam nos últimos anos. A rede Fnac é outro exemplo do fechamento de grandes livrarias. Outras marcas tradicionais no mundo livreiro também fecharam suas portas: Galileu; Cultura; Travessa; e a rede Nobel, que contava com seis unidades nas zonas Norte e Oeste da cidade.
Para o presidente da AEL, o livreiro Borgópio D'Oliveira, dono da Triuno Livraria, em Irajá, na Zona Norte, o problema não é a ausência de clientes e sim a falta de boas práticas de gestão nos negócios.
O tamanho da crise no Rio não se repete no restante do país. De acordo com a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Brasil perdeu apenas 1,8% de suas livrarias em 10 anos, enquanto o Rio perdeu 30%, em seis anos.
Fonte: O Globo - 10/12/2023
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