Um robô (do inglês robot) é um dispositivo, ou grupo de dispositivos, eletromecânicos capazes de realizar trabalhos de maneira autônoma ou pré-programada. Os robôs são comumente utilizados na realização de tarefas em locais mal iluminados, ou na realização de tarefas sujas ou perigosas para os seres humanos. Bem, essa é a definição tradicional, mas com o avanço da tecnologia, principalmente aquela associada à inteligência artificial, sua utilidade potencial foi muito além destas tarefas.
Personagens de clássicos da ficção científica do século XX, eles se transformaram em realidade e na promessa de um futuro disruptivo. Empresas como Tesla, Boston Dynamics e Starship Technologies, só para citar algumas, já desenvolvem soluções robóticas que estão transformando a forma como encaramos determinadas atividades hoje realizadas por humanos. E quando pensamos em exploração espacial, não precisamos ir muito longe para pensar em usá-los para explorar ambientes hostis, como planetas e luas do nosso Sistema Solar.
Pois bem, pesquisadores do laboratório de robótica da Universidade de Bristol desenvolveram um novo sistema de teleoperações que foi testado com sucesso no Centro Europeu de Aplicações Espaciais e Telecomunicações da Agência Espacial Europeia (ESA), em Harwell, Oxfordshire.
Imagem criada por IA pelo Copilot do M365 simulando o trabalho de um robô na superfície marciana
Em uma simulação virtual de um veículo de exploração espacial rover, eles conseguiram manipular um braço robótico para cavar uma amostra de regolito lunar fictício (a camada de poeira e rocha solta que cobre a superfície da Lua). O processo anula a necessidade de usar feeds de câmera, que podem sofrer com atrasos de 1,3 segundo nas transmissões entre a Terra e a Lua.
A simulação virtual também incorpora interações “hápticas”. Em outras palavras, ela dá ao usuário a sensação de toque, imitando as propriedades táteis de objetos como se estivessem em ambientes de baixa gravidade. Isso dá aos teleoperadores uma maior sensação de quanta força podem usar para cavar, ou para levantar uma amostra.
As mesmas técnicas de teleoperação também poderiam ser usadas no futuro para missões de retorno de amostras e exploração em Marte ou em outros corpos rochosos, como asteroides.
No entanto, ainda há muito a avançar para se obter um sistema confiável e aplicável de imediato. Mas com os investimentos atuais e aumento da competição entre os principais players do mercado, é bem possível que tenhamos os primeiros robôs nas superfícies da Lua e de Marte muito em breve.
Fonte: Olhar Digital